A Confusão das ISO’s
Prof. Rafael Mottola Rocha. Especialista em Administração Bacharel em Administração de Empresas e Engenharia de Produção Executivo da Areva Diretor da HORUS Consultoria e Treinamento Consultor e Palestrante
RESUMO
O artigo apresenta uma reflexão acerca da confusão em torno das certificações ISO. As reflexões são formalizadas a partir da minha vivência profissional, dos embates com administradores e pessoal administrativo ao estabelecer as premissas necessárias para uma empresa alcançar uma certificação ISO.
Palavras Chave: certificação ISO, métodos e processos administrativos. 9001, 9002, 9003, 9004. A partir da versão 2000, a única norma certificável é a ISO 9001, sendo a ISO 9004 seu par complementar, oferecendo a primeira diretrizes e requisitos para sistemas de gestão da qualidade e, a segunda, diretrizes e sugestões de melhoria, exemplos de como atender aos requisitos da ISO 9001 e de como melhorar constantemente um sistema de gestão da qualidade pautado na ISO. A ISO TS 16949 é outra história, bem mais exigente: é a ISO do setor automotivo. A abordagem por processos é a base da versão 2000 (atualmente a ISO 9001 está na versão 2008), cabendo à organização determinar seus processos, e, para cada processo, definir quais são as entradas, quais são as atividades (de transformação e de adição de valor) e quais são as saídas – saídas estas que devem ser avaliadas constantemente (medição, análise e melhoria) de forma a verificar se está sendo provido o atendimento aos requisitos dos clientes internos e ou externos da organização. Atender às necessidades atuais e futuras da organização é uma preocupação bastante importante das novas versões da ISO, que tem como um de seus pilares a satisfação dos Clientes e o atendimento aos seus requisitos, bem como a satisfação dos demais stakeholders (partes interessadas) a saber: acionistas (os donos), os colaboradores, a comunidade (a sociedade), os fornecedores e o governo. A melhoria contínua é outro pilar fundamental, e é através de resultados sustentáveis e melhoria contínua que se pretende realmente adicionar valor aos processos e, assim, aos produtos e serviços da organização. A eficácia do sistema de gestão da qualidade, objetivo precípuo da norma internacional em referência é nada mais do que o atendimento às metas dos indicadores ou “objetivos da qualidade” de maneira sustentável, conforme já citado, mas com metas audaciosas sendo planejadas mês a mês, ano a ano. Dessa forma, garante-se, além da sobrevivência e perpetuação do negócio, a possibilidade de destaque, excedendo às expectativas dos Clientes, crescendo e se desenvolvendo como uma grande empresa. Muitos empresários continuam a ter uma visão errada sobre a ISO acreditando que ela é uma panaceia e que resolverá todos os problemas enraizados da empresa. Ledo engano. Sem comprometimento efetivo da alta direção, sem trabalho e gestão eficientes, não há milagres.
Artigo publicado em 1999, enquanto Rafael Mottola Rocha era docente da FACENSA – CNEC. Fonte: Revista Perspectiva e Conhecimento – FACENSA – Faculdade Cenecista Nossa Senhora dos Anjos. Rede CNEC. 2009. 1ª Ed. Gravataí – RS. |